sábado, 18 de fevereiro de 2017

Biologia Evolutiva não é um mantra ateísta!



PRIMEIRO

Em uma pesquisa de 2015 é divulgada que nem todos cientistas são ateus. As estatísticas variam, mas em determinados países como Índia, Itália, Taiwan e Turquia mais da metade dos cientistas se identificam como religiosos.

Artigo:
Será que todos os cientistas são ateus? Eles acreditam que religião e ciência podem coexistir? Ou acham que as duas coisas são conflitantes? 
Enquanto existem muitas assunções e sensos comuns sobre o tema, uma nova pesquisa resolveu tirar esse assunto a limpo, e seus resultados foram surpreendentes.  
O método para estudar religião e ciência
Esse foi o primeiro estudo mundial – e o maior – sobre como os cientistas veem a religião, conduzido pela Universidade Rice, dos Estados Unidos. 
Os pesquisadores recolheram informações de 9.422 entrevistados em oito regiões do mundo: França, Hong Kong, Índia, Itália, Taiwan, Turquia, Reino Unido e EUA. Eles também viajaram a estas regiões para realizar entrevistas em profundidade com 609 cientistas. 
Ao entrevistar cientistas em várias fases da carreira, nas aéreas de biologia e física, em instituições de elite e não de elite, os pesquisadores esperavam ter uma visão representante dos cientistas sobre religião, ética e como ambas se cruzam com seu trabalho científico. 
Os resultados desafiam os pressupostos de longa data sobre a dupla ciência-fé. Enquanto é comumente assumido que a maioria dos cientistas são ateus, a perspectiva global do estudo mostra que esse simplesmente não é o caso. 
Descobertas 
“Mais da metade dos cientistas na Índia, Itália, Taiwan e Turquia se identificaram como religiosos”, disse a principal autora do estudo, Elaine Howard Ecklund, diretora do Programa de Religião e Vida Pública da Universidade Rice. “E é impressionante que existem aproximadamente o dobro de ‘ateus convictos’ na população geral de Hong Kong (55%), por exemplo, em comparação com a comunidade científica nesta região (26%)”. 
Os pesquisadores descobriram que os cientistas geralmente são menos religiosos do que uma dada população em geral. No entanto, houve exceções: 39% dos cientistas em Hong Kong se identificam como religiosos em comparação com 20% da população geral de Hong Kong. Além disso, 54% dos cientistas em Taiwan se identificam como religiosos em comparação com 44% da população geral de Taiwan.

Quando perguntados sobre os conflitos entre religião e ciência, apenas uma minoria dos cientistas em cada contexto regional disse acreditar que ciência e religião estejam em conflito.

No Reino Unido – um dos países mais seculares do estudo -, apenas 32% dos cientistas caracterizaram a intersecção entre ciência e fé como conflituosa. Nos EUA, este número foi de apenas 29%.  
Por fim, 25% dos cientistas de Hong Kong, 27% dos cientistas da Índia e 23% dos cientistas de Taiwan acreditam que ciência e religião podem coexistir e ser usadas para ajudar uma a outra. 
Nuances 
Além dos resultados quantitativos do estudo, os pesquisadores descobriram nuances nas respostas dos cientistas durante as entrevistas em profundidade.  
Por exemplo, numerosos cientistas expressaram que a religião pode fornecer uma “base” em áreas eticamente cinzentas. “Religião fornece uma base naquelas ocasiões em que você pode ficar tentado a tomar um atalho porque deseja ter algo publicado e pensa: ‘Oh, essa experiência não foi boa o suficiente, mas se eu retratá-la desta forma, vai parecer que sim’”, exemplifica um professor de biologia do Reino Unido.

Outro cientista disse que o ateísmo tem vertentes, algumas das quais incluem tradições religiosas. “Eu não tenho nenhum problema de ir à missa, é uma coisa cultural”, disse um físico do Reino Unido que por vezes frequenta a igreja porque sua filha canta no coral. “Não tenho fé religiosa, mas não me preocupa que a religião ainda exista”.
Finalmente, muitos cientistas mencionaram que convivem com visões religiosas de colegas ou alunos. “Questões religiosas são muito comuns aqui, todo mundo fala que templo frequenta, a qual igreja costuma ir. Portanto, não é realmente um problema que precisa ser escondido”, disse um professor de biologia de Taiwan. 
Aplicações 
Ecklund disse que o estudo tem muitas implicações importantes que podem ser aplicadas a processos de contratação de universidades, na estruturação de salas de aula e laboratórios e em políticas públicas gerais.  
“A ciência é um empreendimento global”, afirma a pesquisadora. “E enquanto a ciência for global, então temos de reconhecer que as fronteiras entre ciência e religião são mais permeáveis do que a maioria das pessoas pensa”. 
Disponível em Phys 
Tradução em Hypescience

SEGUNDO

Somente 2% dos cientistas são Criacionistas da terra Jovem (isto, contra 97% dos que fazem parte do consenso em relação à veracidade da Biologia Evolutiva).

Artigo
Pontos-chave
-Somente 0,84% dos cientistas que estudam a vida e a Terra, que são geralmente treinados nas questões das origens, são criacionistas
-Os EUA têm mais criacionistas do que qualquer outro país desenvolvido. Entretanto, mesmo nos EUA, os criacionistas representam uma minoria pífia entre os cientistas. Fora dos EUA, os cientistas criacionistas são virtualmente inexistentes em países de pesquisa de ponta. 
-97% de todos os cientistas norteamericanos aceitam a ancestralidade comum das espécies incluindo o homem, enquanto apenas 2% são criacionistas, e apenas 8% defendem o criacionismo do tipo Design Inteligente. 
-A famosa entidade criacionista Discovery Institute compilou uma lista de menos que 800 supostos cientistas ao redor do mundo que "discordam do darwinismo". Isto é menos que 0,1% do número de cientistas americanos no ano de 1999.  
Dados Estatísticos 
De acordo com uma publicação de 2009 do Pew Research Center, 97% dos cientistas dos EUA aceitam que os humanos evoluíram ao longo do tempo. Apenas 2% dos cientistas relataram ser criacionistas, e apenas 8% alegaram ser defensores do Design Inteligente (D.I.). Note que não há razão em particular para um cientista criacionista mentir a este respeito; os resultados individuais não foram, obviamente, publicados, e os criacionistas tiveram um forte incentivo para dizer a verdade em tais pesquisas para aumentar sua publicidade. Portanto, este número pode ser visto como uma boa estimativa do número de cientistas criacionistas. 
Obviamente, esses números incluem cientistas de várias áreas que têm [a priori] pouca relevância quanto à origem das espécies e da vida, incluindo químicos, astrônomos, médicos, etc.; embora esses cientistas possam ser extremamente sábios em seus próprios campos de pesquisa, ele jamais tiveram que passar por estudos aprofundados no campo das origens. Assim, eles podem não estar naturalmente ou justamente atualizados sobre a ciência da biologia evolutiva. 
Estimando o número de cientistas criacionistas e pró-D.I. nas ciências da vida e da Terra 
Entre os cientistas em áreas de fato relevatnes para o assunto, como as ciências da vida e da Terra, o número de criacionistas decresce ainda mais. Na lista de cientistas criacionistas do site Answers in Genesis,os cientistas da vida e da Terra se somam em 42% (80 em 190. Note que existem muito mais de 10 milhões de cientistas apenas nos EUA). Se aplicarmos esta proporição à estatística acima, apenas cerca de 0,84% dos cientistas da vida e da Terra são criacionistas. Além disso, assumindo a mesma proporção, apenas cerca de 2,24% (o,42 x 5,33) dos cientistas da vida e da Terra são defensores do Design Inteligente.

Estimando o número de cientistas criacionistas e pró-D.I. no mundo 
A ampla maioria dos cientistas no mundo desenvolvido estão nos EUA (Miller 2006). Se aceitarmos uma estimativa extremamente conservadora de que os cientistas criacionistas são 1,5 vezes menos comuns em outros países, então a porcentagem dos cientistas criacionistas no resto do mundo desenvolvido é de 1,33%. Se o mesmo é verdade para cientistas pró-D.I., então apenas cerca de 5,33% dos cientistas no mundo desenvolvido aceitam o D.I.
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Evolucionismo


CONCLUSÃO

Com isso podemos ter uma noção de que existem muitos cientistas que acreditam em Deus, e sendo a maioria que concorda com a veracidade da Teoria da Evolução, são Evolucionistas Teístas. Cientistas como Francis Collins, Alister McGrath... e muitos outros! Seja os de instituições como BioLogos ou algo não assumidamente, como simplesmente uma crença pessoal.

A Ciência, mais especificadamente a Biologia Evolutiva, não é um mantra ateísta!

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