Esse debate se deve graças a corrida presidencial de 2018, João Dória tem conhecimentos de economia enquanto a maior pauta de Bolsonaro é a segurança pública. Defendia que o mais importante era a economia, até escrevi: "Bolsonaro não é o tipo de politico que me interesse para a presidência. Defendo o liberalismo econômico, sistema que destaca o livre mercado como prioritário para o desenvolvimento de uma nação. Já Bolsonaro, não divulgou medidas econômicas [que não parta do intervencionismo, sistema contrario ao liberalismo, e protecionismo], além das restrições sociais(algo contra um dos pilares do ideal liberal: liberdades individuais)." Mas mudei de opinião, e vejo a segurança como uma prioridade maior para o Brasil, na fase atual.
Irei começar citando Olavo de Carvalho, mas espere, não, não sou "olavete"! Muitos -me incluo nisso, podem não considerar muita coisa do que Olavo diz -principalmente no que tange a Ciência-, mas não é porque não temos certa simpatia com ele, que automaticamente tudo que ele disser estará errado, isso é falacioso, não atende aos princípios básicos da lógica. O geneticista Eli Vieira, a qual já se envolveu em diversas discussões com ele publicou:
Olavo de Carvalho disse: "Ludwig Von Mises ensinou que a base da economia era a ação humana, mas entenderam que a base da ação humana era a economia"
Ok. Ele expressou sua opinião mas e sua justificativa(?), por que a segurança viria antes da economia? Sou militar, e por tal, tenho acesso próximo à vilas militares, lugar onde certos militares moram com suas famílias com total segurança, e com isso desfrutam da mais alta qualidade de vida. Podemos ver outro exemplo parecido em condomínios, lugares fechados, com seguranças, muros altos com câmeras... Não estou querendo dizer que o Brasil precisa se fechar com um muro como Trump propõe, mas precisa melhorar sua segurança com um politico que entenda de segurança, e tal politico pode admitir economistas em sua gestão, administração.
Não sou conservador, defendo o liberalismo, mas diferente dos outros liberais entendo a necessidade de nosso país focar urgentemente na segurança pública. 2017 mal começou e já foi marcado por um massacre em um presídio de Manaus, que deixou 56 mortos, e pelo menos 126 detentos já morreram este ano em rebeliões em vários municípios.
"Nos estados onde as estatísticas de crimes ocorridos neste ano já foram divulgados – pelo poder público, organizações não governamentais ou imprensa local – o aumento de assassinatos já foi detectado. Caso, por exemplo, do Ceará, onde já foram registrados 429 homicídios entre 1º de janeiro e 7 de fevereiro, uma média de 11 homicídios por dia contra a média do ano passado, que foi de 7,7. Em Pernambuco foram 426 mortes violentas – sendo 40 somente entre os dias 20 e 30. Os dados de janeiro somam 13,7 mortes por dia, contra a média de 2016, de 12 assassinatos/dia.
No Rio Grande do Norte, onde também houve grande chacina este ano, foram 208 mortes em janeiro, o que representa um aumento de 40,13% em relação ao mesmo mês do ano passado.
No Pará, foram 409 mortes violentas. Apenas em 22 de janeiro, em Belém, logo após o assassinato, em uma troca de tiros, do policial militar Rafael Silva da Costa, 29, da Ronda Tática Metropolitana (Rotam), ocorreram 30 homicídios."
Crimes e mortes disparam no Brasil com crise na segurança e desemprego
"Publicado no começo de julho, o mais recente Mapa da Violência mostra que o número de homicídios no Brasil sobe a cada ano. Em 2012, o ano com os dados mais recentes, 56.325 brasileiros foram vítimas de homicídio, o que resulta em uma média de 154 mortes por dia.
Já no confronto entre Israel e Palestina, desde o dia 8 de julho, quando Israel começou a investida contra o Hamas em Gaza, foram contabilizadas 1.901 mortes (1.834 palestinos e 67 israelenses). O que resulta numa média de 66 mortes por dia."
Crime mata mais por dia no Brasil que o confronto entre Israel e Palestina
Não apenas criminosos ou pessoas inocentes morrem em confrontos de criminosos contra policiais ou em assaltos. No Rio, a polícia que mais mata é também a que mais morre:
é enterrado um policial a cada dois dias.
é enterrado um policial a cada dois dias.
Diferente também de grande maioria da Direita, não defendo a bandeira "bandido bom é bandido morto, nem outras pautas mais radicais para a segurança pública. Deixo esses artigos: Antídoto ao discurso fascista sobre segurança pública e Ninguém é a favor de bandidos, é você que não entendeu nada. Só por ter citado um artigo da Carta Capital, já não lerão e tacarão pedras, mas volto a repetir, não é porque não temos certa simpatia com a Carta Capital, que automaticamente tudo que ela disser estará errado, isso é falacioso, não atende aos princípios básicos da lógica.
Como já disse, sou liberal, e citarei um trecho do livro Dez Lições Fundamentais de Economia Austríaca para defender meu ponto de vista de que a segurança é mais importante do que economia em nossas circunstâncias atuais.
Como já disse, sou liberal, e citarei um trecho do livro Dez Lições Fundamentais de Economia Austríaca para defender meu ponto de vista de que a segurança é mais importante do que economia em nossas circunstâncias atuais.
"...estudiosos das sociedades costumam dividi-las, para efeito didático, em três grandes sistemas, a saber, o sistema econômico, o sistema político e o sistema ético-moral-cultural. O primeiro é formado pela economia, isto é, por todas as transações econômicas, desde as mais simples até as mais complexas; o segundo, pela política, ou seja, pelos partidos, pela forma de governo, pela divisão de poderes, etc. E o terceiro pelas regras morais e características culturais, que acabam se refletindo nas leis.
[...]
É fácil entender que, desses três sistemas, o ético-moral-cultural é o mais importante, porque quando ele vai mal, é muito difícil que a economia e a política possam funcionar adequadamente. Por exemplo, uma regra moral que deve prevalecer em toda e qualquer sociedade que se preza é aquela que proíbe o roubo e a corrupção. Se essa regra for desobedecida de modo generalizado, é claro que o roubo e a corrupção vão contaminar a economia e a política e vai acabar acontecendo um caos na sociedade."
Dez Lições Fundamentais de Economia Austríaca, pág. 12
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